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sábado, 21 de julho de 2012

Millesgården - O jardim de Milles


Há duas semanas fui à Estocolmo encontrar com duas amigas brasileiras super queridas, uma delas, Mariel, também tem um blog, que recomendo: http://novavidanovelhomundo.wordpress.com/


Estocolmo é uma cidade linda, que já conheci muito durantes os invernos de 2005 e 2007. Mas durante o verão à conheço pouco. Nessa minha última visita tive a sorte de alguns dias lindos de sol e temperaturas agradáveis.


Com tempo livre e a ótima companhia, pude realizar um plano que tenho há anos: conhecer o jardim de Carl Milles durante o verão. Estive lá uma vez, no começo do meu namoro com o Eric em janeiro de 2007 (como tempo passa rápido)! Lembro que estava frio e escuro e na lojinha do museu vi fotos de como o jardim fica na primavera/verão - totalmente diferente. Desde então sempre tive essa visita em mente, e com uma amiga arquiteta também interessada em conhecer o museu, decidimos visitar o museu naquela bela e ensolarada segunda-feira.


O nome do museu-jardim-casa é Millesgården (traduzindo: o jardim de Milles), e foi durante alguns anos a residência de Carl Milles, um escultor sueco bem sucedido que viveu entre 1875-1955. Ele é o autor de por exemplo um dos maiores símbolos de Gotemburgo, a estátua do Poseidon que fica no começo da avenida principal.


Milles fez sucesso na Europa e nos Estados Unidos, tendo muitas de suas obras como símbolos de diferentes cidades na Suécia.
Suas esculturas foram feitas em cobre e para cada famosa escultura feita existe uma cópia no seu jardim em sua mansão em Lidingö - uma ilha de classe alta de Estocolmo.


O museu é incrível, e além do jardim, existe também o ateliê de Milles e outras exibições temporárias. Fica aberto o ano inteiro, todos os dias entre maio e setembro e de terça à domingo entre outubro e abril, com exceção dos feriados. Além do museu e da lojinha existe também uma cafeteria no terraço, ótimo lugar pra relaxar depois de observar o jardim. 


A entrada custa 100 coroas (mais ou menos 25 reais), 80 coroas para estudantes e aposentados (20 reais) e é de graça para menores de 19 anos.


No fim da nossa visita decidimos justamente ir ao café tomar um refresco, quando percebemos que lá também estava uma atriz da Globo, Deborah Evelyn. No fim acabamos fazendo contato com a família dela, fingindo, claro, não perceber quem ela era, todos muito simpáticos, inclusive ela. Tão curioso encontrar uma celebridade brasileira assim, num jardim de Estocolmo!

Recomendo a visita! Com ou sem artistas da Globo! ;)



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Adaptar ou readaptar?

Hoje li uma (ou melhor duas!) matérias sobre brasileiros que moraram fora do Brasil e que depois sofreram ao voltar e precisar se readaptar ao Brasil. Uma matéria parece ser meio plágio da outra, mas tudo bem, aqui vão os links:
e

Achei bem interessante, por mais que sejam matérias curtas e com poucos exemplos. Pra resumir o que eles contam é sobre a "Sídrome do regresso", em que brasileiros que mudam de país demoram em média 2 anos pra se adaptar novamente à morar no Brasil, como é inevitável comparar os dois países, a dificuldade de achar uma rotina e retomar antigas amizades.

Pessoalmente eu não acredito que as coisas sejam assim, "branco no preto" como se diz na Suécia. Ou seja, nem tudo é tão simples assim. A minha experiência é que existem muitos diferentes tipos de personalidades e jeitos de adaptação, tanto pra um lado quanto pro outro. 

Conheço algumas pessoas que mudam de país, aprendem a língua bem, se empenham em se adaptar e abraçam de verdade a cultura do seu novo país. Já outras pessoas - muitas - fazem meio que o reverso. Não se importam muito em aprender a língua, aprendem meio que mais ou menos ao longo dos anos, não tem contato com pessoas do país ou com a cultura, vivem reclamando de tudo que é diferente e ao mesmo tempo meio que vivem ainda no seu país de origem, negando contato com o país novo onde mora. Por essas e outras acho que não tem como dizer que todos que voltam reagem da mesma maneira, talvez alguns realmente sofrem mais que outros e alguns que reclamavam tanto no país em que moravam continuam reclamando, mas dessa vez no seu país...

O mais engraçado de tudo isso, são os comentários do artigo na página na Época...Meu preferido foi esse: "Adaptar ao que ? Ao arrastao, ao sequestro relampago, a completa infraestrutura em TODOS os serviços publicos e privados , a pagar imposto de primeiro mundo e ter serviços de ultimo, a homofobia, ao fundamentalismo religioso, a corrupçao escancarrada ?"

Não me entendam mal...eu acho e sei que o Brasil tem MUITOS lados positivos e sinto saudades de muitas coisas...mas tenho que concordar que não comparar é impossível e que a segurança, tanto no sentido de se sentir presa em casa quanto a segurança social de ter acesso à bom transporte, hospital de graça e afins ainda deixa muito à desejar no Brasil. 

Mas de tudo, uma das coisas que mais me assusta e me incomoda no Brasil é o machismo, tão impregnado no dia-a-dia de homens e mulheres, uma hierarquia tão arcaica e imbecil. E volta e meia encontro pessoas da minha idade que ainda têm esse tipo de pensamento...isso me assusta muito!

Sim, eu estou de volta com o blog! Espero que pra ficar!! :)